Luiza Querubim - Arquiteta e Minimalista

Entre o Essencial e o Caos


Em um mundo onde o excesso se tornou regra e a pressa um hábito quase inquestionável, a arquiteta Luiza Querubim escolheu um caminho de delicada resistência: o minimalismo. Não como um estilo, mas como uma filosofia de vida e criação. Seu trabalho e sua rotina são pautados por um desejo claro — silenciar o ruído e criar espaços onde a alma possa respirar. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFRJ, Luiza começou sua carreira desenvolvendo projetos corporativos de grande escala. Mas logo percebeu que, embora desafiadores, esses ambientes muitas vezes priorizavam a performance sobre a experiência. Foi então que ela iniciou um movimento inverso, voltando-se ao universo residencial e buscando uma arquitetura mais humana, mais íntima — e profundamente pessoal.


“Viver com menos não é viver com pouco”, diz. “É escolher com intenção.

É entender o que realmente importa para você e eliminar o que distrai.”

Sua casa, por exemplo, é o reflexo direto dessa filosofia: linhas simples, materiais naturais, luz abundante e uma paleta que respeita o silêncio das coisas.


Sua abordagem não se limita apenas ao projeto arquitetônico. Luiza costuma acompanhar seus clientes em um processo quase terapêutico de autoconhecimento, investigando hábitos, gostos, ruídos emocionais. Para ela, um bom espaço nasce do entendimento claro de quem o habita. E isso exige escuta.

Ao contrário do que se imagina, sua relação com o minimalismo não é dogmática.

“Não acredito em rigidez estética. O minimalismo, quando mal compreendido, vira apenas um palco vazio. Gosto de pensar que o essencial pode — e deve — ter alma.”

E é essa alma que pulsa em seus ambientes: uma cadeira de design com história, um tapete artesanal, uma peça de cerâmica feita à mão. Nada ali é por acaso. Cada elemento conversa com o outro, e todos se calam quando a luz da tarde invade o espaço.



"Me identifico com design que remeta a execução de produtos com viés estético e de alta durabilidade."


Para além dos projetos, Luiza tem se tornado uma voz relevante nas redes sociais, onde compartilha reflexões sobre arquitetura, consumo e bem-estar. Com textos curtos e imagens de seus trabalhos, ela inspira um público que, assim como ela, busca desacelerar e viver com mais propósito.


🧩Princípios Básicos do Minimalismo


Menos é mais

Elimine o excesso e valorize o essencial. Foco na funcionalidade e na estética limpa.

Forma segue a função

Cada elemento deve ter um propósito claro. Evita-se ornamentos desnecessários.

Espaço em destaque

Valorização do vazio, da respiração entre objetos. A ausência também comunica.

Paleta de cores neutras

Uso de branco, cinza, preto, bege e tons terrosos. Cores pontuais podem ser usadas com intenção.

Materiais naturais e honestos

Madeira, pedra, concreto, vidro e metal, geralmente em estado bruto ou pouco trabalhado.

Linhas retas e formas simples

Geometria clara, sem curvas ou excessos decorativos. Simetria e proporção são valorizadas.

Ordem visual e organização

Tudo tem seu lugar. Ambientes "limpos" transmitem calma. Armazenamento é oculto ou discreto.

Qualidade sobre quantidade

Preferência por poucos itens de alto valor (emocional, estético ou funcional). Consumo consciente.

Luz natural como protagonista

Ambientes bem iluminados e com ventilação natural. Cortinas leves ou inexistentes.

Silêncio visual e mental

Espaços minimalistas promovem foco, paz e clareza.




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